Varal de Cordéis Joseenses

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sábado, 25 de março de 2017

CJ 72 - Eu TAMBÉM defendo a UENF

Em contato com amigos queridos que são professores da UENF, surgiu a ideia de construir um cordel para registrar a história e o momento daquela instituição. Assim, os Cordéis Joseenses somam-se à luta pela valorização da UENF e de todos os trabalhadores universitários: #UENFresiste!


História, muitos o dizem,
existe é pra se contar,
mas também pode servir
para conscientizar;
o que vou contar agora
vai fazer você, na hora,
a nossa causa apoiar.

Essa História começou
com a Constituição
Estadual de 89,
que previa a criação
de uma universidade
em Campos e outras cidades
- isso não foi fácil, não...!

Muita gente se esforçou,
gerando até alarido:
milhares de assinaturas
embasaram o pedido
que a Assembleia aprovou
e o governo sancionou
- conquista do povo unido!

Uma universidade
estadual nasceria:
era a Norte Fluminense,
razão dessa cantoria.
A década de 90
começava assim sedenta
de Ciência e melhoria.

Com a eleição de Brizola
para o governo do Rio,
o projeto da UENF
grande impulso conseguiu
com mestre Darcy Ribeiro,
espírito pioneiro,
grande orgulho do Brasil.

Darcy tinha no currículo
a grande UnB
e outras universidades
que até hoje a gente vê
pela América Latina
com pesquisa e disciplina,
eu garanto pra você.

Darcy, muito experiente,
abraçou o desafio;
criar, projetar a UENF
mexeu demais com seu brio
e ele fez, com grande afeto,
seu mais radical projeto
aqui mesmo, no Brasil.

“Um modelo inovador”,
nisso Darcy foi enfático:
em vez de departamentos,
laboratórios temáticos
e multidisciplinares,
para ampliar os olhares
de teóricos e práticos.

Em 92, nasceu
a Fundação Estadual
Norte Fluminense; tinha
uma missão sem igual:
manter a UENF sem falta
e implantar um Parque de Alta
Tecnologia, afinal.

Dentre todas do Brasil,
foi a UENF a pioneira
a contratar só doutor
para ali seguir carreira.
Pesquisa e pós-graduação
garantem sua posição
na educação brasileira.

O ano de 93
é preciso destacar:
foi quando se iniciou
na UENF o vestibular.
Dia 16 de agosto...
“Cada aluno no seu posto,
que a aula vai começar!”

Em dezembro desse ano,
mais uma conquista vinha:
instalada em palacete
doado por Finazinha,
surge a Casa de Cultura
em formosa arquitetura
como ali mesmo convinha.

No fim de 2001,
uma significativa
vitória: autonomia
(que bom!) administrativa
e a UENF muda seu nome:
“Darcy Ribeiro” não some
nunca mais: memória viva!

A luta da autonomia
foi de todos: professores,
várias turmas de estudantes,
centenas de servidores...
Uma fase ali findou-se;
nova etapa iniciou-se
- novos desafios e cores.

A UENF consolidou-se
buscando aproximação
com prefeituras e agências
de fomento e formação,
bem como universidades,
outras tantas entidades
e empresas, sim, por que não?

Em 2003, a UENF
foi o Destaque do Ano
na Iniciação Científica:
seus bolsistas, sem engano,
chegavam até o mestrado
e também ao doutorado.
Pesquisar: esse era o plano!

Segundo o regulamento,
a instituição a vencer
precisava abrir espaço
pra outras, sem concorrer.
A UENF, já premiada,
busca então outra empreitada
e volta a surpreender:

No ano de 2008,
ganha o Prêmio Nacional
de Educação em Direitos
Humanos. Sensacional:
várias organizações
reconhecem as ações
da UENF em nível global.
  
Chegando 2009,
de novo a UENF, prolífica,
ganha o Destaque do Ano
na Iniciação Científica,
comprovando a excelência
do desempenho em Ciência
e a formação magnífica.

Por 4 anos seguidos,
a UENF foi colocada
numa lista das melhores
pelo MEC elaborada,
graças ao seu IGC,
que eu explico pra você
de forma simplificada.

(É o IGC que avalia
qualidade em graduação
e também de toda a pós
feita na instituição.
Índice Geral de Cursos
- se você prestar concursos,
não esqueça disso não...)

No IGC/2011,
a UENF foi a melhor
em todo o Estado do Rio:
isso sabemos de cor.
E é por tanta história boa
que essa eu luta em nós ressoa
e nosso apoio é maior.

Com a crise financeira
- e política - no Rio,
muitos problemas vieram
e a UENF então se viu
correndo risco real
de prejuízo fatal.
Cadê a verba? Sumiu!?

Em 2016
parou de haver o repasse
de recursos do governo
à UENF, gerando impasse.
Pela Norte Fluminense
teve até campanha: pense
e a universidade abrace!

 Ainda no mesmo ano,
suspendeu-se atividade
da empresa de segurança
dentro da universidade
por atraso em pagamento:
é esse o maior tormento
da atual realidade.

Mesmo vivendo esse drama,
o trabalho segue em frente
com busca de alternativas
que abram caminhos pra gente.
No hospital veterinário,
um exemplo extraordinário:
arraiá beneficente!

As ações são mesmo muitas,
merecem noticiário:
mesmo ocorrendo os atrasos
em cada verba e salário,
é tanta iniciativa
de gente boa e ativa
que nem cabe no inventário!

Quando a gente tem história,
tem mais é que resistir:
diante dos desafios,
não podemos desistir.
Ninguém aqui está sozinho.
A UENF mostra o caminho:
união para seguir!
P.R.Barja