quarta-feira, 30 de junho de 2010
terça-feira, 29 de junho de 2010
BãoCantá - Festa Junina
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Sobre a peça que inspirou o cordel "Paixão e Destino..."
domingo, 27 de junho de 2010
KinoLivros - Mariana Zanetti
sábado, 26 de junho de 2010
Correspondência poética (Zenilda Lua - P. Barja)
Zenilda é uma pessoa maravilhosa, que tem uma família incrível e escreve com a maior suavidade. No dia do evento na Câmara dei pra ela um rascunho simples, e agora ela me manda essa pérola, que publico e respondo porque beleza é pra ser multiplicada, compartilhada, com generosidade. Poesia tem que ser pra isso: tornar o mundo um lugar melhor. Obrigado, Zenilda!
Meu amigo Paulo Barja
lhe peço de coração
pra não ficar magoado
com minha declaração
eu perdi o seu bilhete
já sofro faz um tempão
aquela noite na Câmara
foi de tanto alumbramento
que peguei o seu bilhete
e num livro guardei dentro
pra quando chegasse em casa
reler em contentamento
antes de chegar em casa
meu sentido palpitou
junto com o seu bilhete
dois cartões de outro doutô
aonde estavam os cartões?
procurei por todo canto
juro não adiantou
pedi ajuda ao Poeta
e a Brisa por caridade
aonde tinha um papel
eles se certificavam
remexeram, reviraram
com cuidado e nada acharam
Bem cedo voltei à Câmara
quinta-feira de manhã
procurando seu bilhete
com dois guardas e uma irmã
responsável da limpeza
a mais simpática cristã
Disse cantar numa igreja
da ordem pentecostal
também escreve poemas
e achou de tudo mal
perder um bilhete assim
de pessoa essencial
Viramos saco de lixo
fiapo, bolo, café
papel de bala, convite
panfleto, doce, chiclet
e nada do seu bilhete
me despedi da mulher
Fiquei pensando comigo
que falta de solução
como vou dizer ao Paulo
por quem tenho estimação
amizade e respeito
que perdi o seu bilhete
ou falta de atenção!
Pedir desculpas não vale
a falha está comprovada
pedir que escreva de novo
ou coisa desnaturada
mas compreenda contudo
guardo uma culpa danada...
a amizade é segura
o bem querer é de certo
a esperança me acode e
a felicidade dobra
quando vocês estão perto.
Para encurtar o assunto
e minimizar a dor
causada pela ausência
do bilhete que voou
desapareceu, sumiu
ou alguém o encontrou...
Peço desculpas cativa
enternecida por dentro
se achasse esse bilhete
costurava ele no centro
com fio de seda sonora
flor de amora e coentro.
- Zenilda Lua
Querida Zenilda Lua,
Reginaldo, meu poeta,
sorridente Brisa Almeida,
família linda e correta,
nossa amizade, já forte,
cada dia é mais completa.
Eu tinha feito uns versinhos
simples, sem grande elegância...
você perder o bilhete
não tem nenhuma importância!
Sua resposta iluminada,
essa, sim, tem relevância:
Tanta nobreza por dentro
transparece, acaricia;
somos felizes, amigos,
pois em nosso dia-a-dia
cultivamos no jardim
alfazemas e poesia.
Nenhum papel nesse mundo
vale o que vocë lamenta!
Amizade não se perde,
beleza se reinventa
e a fogueira da poesia
nosso coração esquenta.
Vamos então semeando
verso puro, rima clara,
plantando no coração
a felicidade rara:
os amigos de verdade
nenhum bilhete separa!
- P. Barja
Meu amigo Paulo Barja
lhe peço de coração
pra não ficar magoado
com minha declaração
eu perdi o seu bilhete
já sofro faz um tempão
aquela noite na Câmara
foi de tanto alumbramento
que peguei o seu bilhete
e num livro guardei dentro
pra quando chegasse em casa
reler em contentamento
antes de chegar em casa
meu sentido palpitou
junto com o seu bilhete
dois cartões de outro doutô
aonde estavam os cartões?
procurei por todo canto
juro não adiantou
pedi ajuda ao Poeta
e a Brisa por caridade
aonde tinha um papel
eles se certificavam
remexeram, reviraram
com cuidado e nada acharam
Bem cedo voltei à Câmara
quinta-feira de manhã
procurando seu bilhete
com dois guardas e uma irmã
responsável da limpeza
a mais simpática cristã
Disse cantar numa igreja
da ordem pentecostal
também escreve poemas
e achou de tudo mal
perder um bilhete assim
de pessoa essencial
Viramos saco de lixo
fiapo, bolo, café
papel de bala, convite
panfleto, doce, chiclet
e nada do seu bilhete
me despedi da mulher
Fiquei pensando comigo
que falta de solução
como vou dizer ao Paulo
por quem tenho estimação
amizade e respeito
que perdi o seu bilhete
ou falta de atenção!
Pedir desculpas não vale
a falha está comprovada
pedir que escreva de novo
ou coisa desnaturada
mas compreenda contudo
guardo uma culpa danada...
a amizade é segura
o bem querer é de certo
a esperança me acode e
a felicidade dobra
quando vocês estão perto.
Para encurtar o assunto
e minimizar a dor
causada pela ausência
do bilhete que voou
desapareceu, sumiu
ou alguém o encontrou...
Peço desculpas cativa
enternecida por dentro
se achasse esse bilhete
costurava ele no centro
com fio de seda sonora
flor de amora e coentro.
- Zenilda Lua
Querida Zenilda Lua,
Reginaldo, meu poeta,
sorridente Brisa Almeida,
família linda e correta,
nossa amizade, já forte,
cada dia é mais completa.
Eu tinha feito uns versinhos
simples, sem grande elegância...
você perder o bilhete
não tem nenhuma importância!
Sua resposta iluminada,
essa, sim, tem relevância:
Tanta nobreza por dentro
transparece, acaricia;
somos felizes, amigos,
pois em nosso dia-a-dia
cultivamos no jardim
alfazemas e poesia.
Nenhum papel nesse mundo
vale o que vocë lamenta!
Amizade não se perde,
beleza se reinventa
e a fogueira da poesia
nosso coração esquenta.
Vamos então semeando
verso puro, rima clara,
plantando no coração
a felicidade rara:
os amigos de verdade
nenhum bilhete separa!
- P. Barja
sexta-feira, 25 de junho de 2010
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Garimpando Guimarães agalopado
(para Jean Garfunkel)
Encharquei-me de beleza: ouvi Jean,
que falava de palavras e de estrelas.
Pude ouvi-las; pude até quase comê-las.
De repente, fez-se a noite mais manhã.
Eu senti que a morte mesma é coisa vã;
que a poesia, pois, é vida, é som, é prado.
Retirei as cinzas. Vi, maravilhado,
que as palavras floresciam desde o chão.
Percebi que os caules brotam no sertão
garimpando Guimarães agalopado.
Mil paisagens vi nas páginas de Rosa.
Mil venturas sob a dura superfície.
Quanto céu se vê de tão vasta planície!
Quantos versos no sertão daquela prosa!
Fui fisgado pela voz-bruma soprosa
que me fez criança, crente no encantado.
Levitei no pensamento emocionado;
levantei poeira em meu verso alazão.
Percebi que os caules brotam no sertão
garimpando Guimarães agalopado.
Encharquei-me de beleza: ouvi Jean,
que falava de palavras e de estrelas.
Pude ouvi-las; pude até quase comê-las.
De repente, fez-se a noite mais manhã.
Eu senti que a morte mesma é coisa vã;
que a poesia, pois, é vida, é som, é prado.
Retirei as cinzas. Vi, maravilhado,
que as palavras floresciam desde o chão.
Percebi que os caules brotam no sertão
garimpando Guimarães agalopado.
Mil paisagens vi nas páginas de Rosa.
Mil venturas sob a dura superfície.
Quanto céu se vê de tão vasta planície!
Quantos versos no sertão daquela prosa!
Fui fisgado pela voz-bruma soprosa
que me fez criança, crente no encantado.
Levitei no pensamento emocionado;
levantei poeira em meu verso alazão.
Percebi que os caules brotam no sertão
garimpando Guimarães agalopado.
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Cordéis Joseenses na Câmara Municipal

Depois de receber o diploma acima, a solenidade pede um agradecimento em décimas...
aqui vai:
CORDELISTA EM SÃO JOSÉ
A gente que trabalha com linguagem,
traçando nas palavras nossa história,
não passa o dia-a-dia atrás de glória
mas tem que agradecer esta homenagem.
Eu vim de Santos. Vendo esta paisagem,
"Banhado é praia!", não há quem não pense;
então quis ser aqui mais um que vence:
criei filha e raízes na cidade.
Agora, minha gente, de verdade,
eu sinto que virei um joseense!
Cantorias juninas
Três cantorias seguidas
- gastei a minha garganta,
mas tô até rindo à toa:
vida boa é que se canta!
Mesmo quando estou cansado,
não me esqueço do ditado:
quem canta os males espanta!
- gastei a minha garganta,
mas tô até rindo à toa:
vida boa é que se canta!
Mesmo quando estou cansado,
não me esqueço do ditado:
quem canta os males espanta!
domingo, 20 de junho de 2010
Poeta, Brisa e Lua: 3 x 1
Poesia é refeição compartilhada
Almoço com feijão fica mais forte
Café deixa a torcida mais ligada
Vitória com mais gols já tem mais porte
Sorriso é festa mais que desejada
Torcida com amigos dá mais sorte!
Almoço com feijão fica mais forte
Café deixa a torcida mais ligada
Vitória com mais gols já tem mais porte
Sorriso é festa mais que desejada
Torcida com amigos dá mais sorte!
sábado, 19 de junho de 2010
Cordel na Escola
(foto tirada às 8h, momentos antes de apresentar o "Cabeça de Cuia")
Esse é o projeto dos meus sonhos: levar literatura popular e folclore à moçada nas escolas.
Faz o dia ganhar sentido e cor.
Aos poucos, vou colocar por aqui imagens dessas experiências - sempre únicas, pois não há roteiro: há histórias, versos e canções.
domingo, 13 de junho de 2010
13 de junho
Dia bonito, momento
de amor, poesia e canção:
pedido de casamento
e aniversário de celebração!
(Salve querido Poeta
e povo do Libercanto:
holofote à noite, seta
apontada para o encanto)
de amor, poesia e canção:
pedido de casamento
e aniversário de celebração!
(Salve querido Poeta
e povo do Libercanto:
holofote à noite, seta
apontada para o encanto)
sábado, 12 de junho de 2010
Uma história diferente
...da série "Para crianças de todas as idades": cordel composto a partir de uns poucos versos descompromissados, que rabisquei e guardei por mais de 10 anos (legal encontrar e finalizar a história em pleno 12 de junho). Segue o início da história A Flor Falante:
Acordei assim-assim;
fui até a padaria.
Passando por um jardim,
uma flor disse: Bom dia!
Levei um susto danado
- fiquei tão bestificado
que esqueci aonde eu ia.
(...)
Acordei assim-assim;
fui até a padaria.
Passando por um jardim,
uma flor disse: Bom dia!
Levei um susto danado
- fiquei tão bestificado
que esqueci aonde eu ia.
(...)
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Poeta se alimenta de poesia
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Simpatias Populares

Depois de 20 folhetos sobre temas diversos, estava faltando um trabalho que prestasse tributo à cultura popular de um modo mais direto. Uma ideia surgiu: pesquisar simpatias populares e compor um cordel novo a partir daí.
Dada a proximidade das festas de junho, a proposta foi se definindo: simpatias ligadas a santos populares... lembrando que São Pedro há pouco virou cordel (n.18), por que não um trabalho voltado para Santo Antônio e São João?
Pois aconteceu: por recomendação direta de Santo Antônio (que anda com ciúme de um certo Diabo Casamenteiro), preparamos o folheto Simpatias Populares, cheio de receitas utilizadas há décadas por pessoas que andam à procura do par ideal.
Segue uma delas:
Na véspera de São João,
pra deixar de ser solteira,
uma faca nunca usada
espete na bananeira.
No outro dia, a inicial
do seu amado afinal
aparece na madeira!
- No folheto vocês encontram muitas outras "receitas infalíveis"!
terça-feira, 8 de junho de 2010
Diz-quetes
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Feijão de corda
Para a dupla de talento,
digo em público "obrigado!"
pois fiquei emocionado
com o sabor e o sustento.
Uma ensinou a receita
mais saborosa e perfeita
pra fazer feijão de corda;
a outra não perde a linha,
pois na vida e na cozinha,
é uma artista: pinta e borda!
digo em público "obrigado!"
pois fiquei emocionado
com o sabor e o sustento.
Uma ensinou a receita
mais saborosa e perfeita
pra fazer feijão de corda;
a outra não perde a linha,
pois na vida e na cozinha,
é uma artista: pinta e borda!
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Sonetos de Amor & Cuidados
Encomenda recebida e preparada: para o dia dos namorados, um cordel só com "Sonetos de Amor & Cuidados" - promoção conjunta dos Cordéis Joseenses e da Natural Terapia Zen. Segue abaixo o soneto mais recente, composto para abrir o cordel novo:
SONETO DE AMOR E CUIDADOS
Amor é parceria generosa:
é prêmio para ser compartilhado.
É diversão de gatos no telhado,
poesia cultivada como rosa.
Amar: servir-se alegre na bandeja;
alimentar de afeto, vencer medos;
fazer massagem com amor nos dedos;
falar tudo que o coração deseja.
Cuidar do ser amado com carinho.
Vê-lo voar feliz, sem que se tema
- quem ama nunca mais está sozinho.
Amar é guardar o último pedaço
pro amor. É sussurrar qualquer poema
que se conclua com beijo e abraço.
SONETO DE AMOR E CUIDADOS
Amor é parceria generosa:
é prêmio para ser compartilhado.
É diversão de gatos no telhado,
poesia cultivada como rosa.
Amar: servir-se alegre na bandeja;
alimentar de afeto, vencer medos;
fazer massagem com amor nos dedos;
falar tudo que o coração deseja.
Cuidar do ser amado com carinho.
Vê-lo voar feliz, sem que se tema
- quem ama nunca mais está sozinho.
Amar é guardar o último pedaço
pro amor. É sussurrar qualquer poema
que se conclua com beijo e abraço.
Adivinha - De que bicho estou falando?
Ela vive lá na África
E quando atacada, arranca
Mais veloz do que um cavalo,
Veja se você se manca.
Só uma dúvida me inquieta:
É branca de lista preta
Ou preta de lista branca?
(extraída do cordel "De que bicho estou falando?")
E quando atacada, arranca
Mais veloz do que um cavalo,
Veja se você se manca.
Só uma dúvida me inquieta:
É branca de lista preta
Ou preta de lista branca?
(extraída do cordel "De que bicho estou falando?")
terça-feira, 1 de junho de 2010
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