Varal de Cordéis Joseenses

Contato: prbarja@gmail.com

(Sugestões de temas são bem vindas!)



domingo, 18 de setembro de 2011

Décimas joseenses (2)

(sobre o movimento político e estudantil nas ruas de São José dos Campos, em setembro de 2011)

“Quem espera sempre alcança”,
Diz um antigo ditado,
Mas isso é papo furado:
De esperar a gente cansa!
A cidade quer mudança
E quer que seja depressa:
Chega de tanta promessa
E tanta palavra vã
- NÃO DEIXE PARA AMANHÃ:
FAÇA HOJE O QUE INTERESSA

Na Saúde, temos fila;
Na Educação, falta grana.
Que política sacana!
Isso é cidade ou vila?
Pensam que somos de argila
Mas não somos, ora essa!
Em cidade que se engessa,
O “príncipe” vira rã
- NÃO DEIXE PARA AMANHÃ:
FAÇA HOJE O QUE INTERESSA

  

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Cordel na feira

Domingo joseense de céu nublado, e a gente na feira do bairro de Santana (S.J.Campos) divulgando a literatura de cordel...


... e celebrando a parceria com grandes artistas: viva Edmilson Santini! Salve, Santos Chagas!

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Projeto aprovado

   O projeto "CORDEL, CANTOS e CONTOS" acaba de ser aprovado no edital de circulação de espetáculos lançado pela FCCR para a programação "Show no Parque", em São José dos Campos.
   As datas das apresentações serão divulgadas em breve aqui neste blog!
   Enquanto isso não ocorre, neste sábado estaremos mais uma vez acompanhando o cordelista Edmilson Santini nas ruas do centro joseense, com parada na Praça Cônego Lima por volta das 10h.
   Saudações cordelísticas!

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Sétimas para um parceiro

Ao lado de Santos Chagas: juntos para acompanhar Edmilson Santini
  
A Vida é pra ser cantada,
partilhada como pão,
multiplicada no afeto,
repartida, grão em grão:
pode a casa ser modesta,
que amizade faz a festa
em castelo ou barracão;

Meu amigo Santos Chagas,
perguntar carece não:
compartilhe com a gente
sua voz e o violão
que eu estou já bem disposto
pra cantar com muito gosto
ao seu lado, meu irmão!


Paulo Barja

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Décimas da Independência joseense

(sobre o mote: "Aplaudo a juventude joseense / que vai às ruas pra pedir justiça")


Amigos, a cidade somos nós:
queremos melhorar, isso é verdade,
e os jovens, pelas ruas da cidade,
desfilam seu protesto em alta voz.
Assim, sabemos, não estamos sós:
já somos muitos, não temos preguiça
e vamos trabalhar contra a cobiça
de quem trabalha pouco e não nos vence:
APLAUDO A JUVENTUDE JOSEENSE
QUE VAI ÀS RUAS PRA PEDIR JUSTIÇA

Pra celebrar a nossa independência,
só mesmo indo às ruas pra mostrar
que nós não somos gado pra pastar,
pois temos ideal e inteligência.
Mudar é imperativo; consciência
não é reproduzir texto de missa;
também não é servir de dobradiça.
O que será então? Reflita! Pense!
APLAUDO A JUVENTUDE JOSEENSE
QUE VAI ÀS RUAS PRA PEDIR JUSTIÇA

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Vídeo: Leitura é diversão e aprendizado

Vídeo novo dos Cordéis Joseenses no YouTube (e na página de vídeos deste blog):

Leitura é diversão e aprendizado (SJC, 2011) - Poema em décimas sobre mote para incentivar a leitura - integra o "Cordel das Décimas"


(gravação realizada no Parque da Cidade, SJCampos)

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Vídeo novo - Adivinha e Simpatia


Postagem rápida: só pra informar que acabo de colocar vídeo novo (curtinho!) no YouTube, com trechos de uma apresentação dos "Cordéis Joseenses" na Bienal do Livro de São José dos Campos:


Em breve disponibilizaremos mais vídeos, sempre disponíveis no canal "PRBarja" - e na barra de vídeos deste blog. Saudações cordelísticas!

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

A Seca d´Alma é tão dura quanto a Seca do Sertão


   Fiz o poema abaixo para registrar o momento atual vivido na cidade de São José dos Campos, onde a população (jovens estudantes, principalmente) aos poucos vai acordando para a necessidade de manifestação nas ruas, contra os abusos de tantos (mas não todos, importante que se diga) políticos locais. Temos que estar muito atentos às questões ambientais, e o poema fala disso também, fazendo a ponte com a Seca do Sertão, tema de "A Seca da Alma", performance teatral que estamos apresentando por aqui:

A SECA D´ALMA É TÃO DURA
QUANTO A SECA DO SERTÃO

No galope cavalgamos
criando nossa poesia
porém, nesse dia-a-dia
é nossa dor que cantamos;
muitas vezes trabalhamos
sem ganhar nenhum tostão,
enquanto muito ladrão
aumenta a própria fartura
- A seca d´alma é tão dura
Quanto a seca do sertão.

O transporte anda pra trás,
teatro é abandonado
e o Banhado é vitimado
por crimes ambientais.
Já ninguém aguenta mais:
vão aprovar a extração
de areia em votação
no meio da noite escura?
- A seca d´alma é tão dura
Quanto a seca do sertão.

Não dá pra aceitar de novo
essa velha ladainha:
distribuem a farinha
mas privatizam o ovo!
Há quem se lembre do povo
só na hora da eleição,
mas nossa reclamação
tanto bate até que fura:
- A seca d´alma é tão dura
Quanto a seca do sertão.
 
   A ideia é usar esse poema também no início da performance teatral "A Seca da Alma", em que discutimos a situação dos nordestinos que, após sucessivas secas no sertão, acabaram migrando para o Sudeste em busca de oportunidades. Essas pessoas trabalharam e batalham muito, aqui ao nosso lado, e merecem respeito e aplauso. Por fim: VIVA A POESIA CIDADÃ - utilitária, sim, como diria o grande Moacyr Pinto, mas essencial para o bom combate.