Saiu o primeiro volume do "Cordel de Sonetos", com poemas compostos entre 1988 e 1992. Capa clássica, sem ilustrações, como era comum nos cordéis do início do século XX.
A seguir, um soneto antigo que agora "ganha mundo" através do cordel:
SONETO SOBRE A LINHA DA VIDA
A Vida é como linha sinuosa:
é ponto de partida sem chegada.
Não se cala a palavra já falada
nem há morte que mate a cor da rosa.
Seguindo nessa estrada curva e torta,
às vezes, quer-se achar uma certeza,
mas tudo nunca passa de surpresa:
mal vem o dia, a noite turva o corta.
Como uma sinfonia inacabada,
a vida de uma Vida é indefinida
- as águas de um rio não ficam paradas
e, num desequilíbrio sobre a Vida,
não há saída, vejo: não há nada
- caminho, então, sobre a linha partida.
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário