No final do mês de março/2018, o ex-presidente Lula viajava em caravana pela região Sul do Brasil quando foi vítima de atentado: três balas atingiram ônibus da caravana. As sextilhas a seguir integram o Cordel ContraGolpe e narram o fato:
Quem me conhece, já sabe:
não estou preso a partidos.
Se vejo que os brasileiros
hoje estão bem divididos,
acho que a culpa é da mídia
a quem muitos dão ouvidos.
Todos sabem que há problemas
na democracia aqui:
fartamente golpeada
(sobre isso já escrevi),
a vocação democrática
foi parar na UTI.
Eis que o Presidente Lula
pela Região Sul andava
e, de cidade em cidade,
cada vez que ele parava,
juntava-se muita gente
pra ouvir o que ele falava.
Mas a sua caravana
por todo o Sul do Brasil
sofreu agressões em série
que o mundo inteiro já viu:
a mídia internacional
tudo isso repercutiu.
Dizem que eram armadilhas
do (des)governo golpista
temendo a força de Lula,
que nasceu sindicalista
e é o líder natural
contra a sanha governista.
Houve apoiador de Lula
que muito se machucou:
saindo de Chapecó,
uma milícia atacou
e uma pedrada na orelha
Paulo Frateschi levou.
Em Foz do Iguaçu, o padre
Idalino Alflen sofreu
pedrada e atropelamento;
mesmo assim, não se abateu.
Mostrando calma e grandeza,
assim ele respondeu:
“Não é pela violência
que o Brasil vai melhorar;
é preciso educação
e aprender a respeitar
a nossa democracia.
É preciso serenar.”
As milícias contra Lula,
sempre que ele ia falar,
soltavam rojões e fogos
para assim atrapalhar
o presidente, que ria:
“Eu chego a me emocionar!”
Furaram os pneus dos ônibus
para atrasar a viagem,
porém os apoiadores
de Lula abriam passagem
enfrentando pedras, paus
e chicotes – que coragem!
Quem ia na caravana
teve a maior agonia
com a covarde emboscada
quando terminava o dia
em Laranjeiras do Sul
- atentado, quem diria!?
Foram disparados tiros
contra toda a caravana,
em atitude covarde
de gente muito sacana
que pensa que pode tudo
só porque tem muita grana.
Em seu discurso diário,
pouco antes do atentado,
desenvolvimento agrário
Lula havia enfatizado:
“Terreno de quilombolas
tem que ser legalizado!”
Um ônibus recebeu
2 tiros, sendo um frontal;
o outro levou uma bala
que atingiu a lateral.
Não houve nenhum ferido,
mas podia acabar mal.
Os ônibus, além disso,
tiveram os pneus furados
pelos ditos miguelitos
- são pregos entrelaçados
que, confirmando a emboscada,
na estrada estavam jogados.
As suspeitas são diversas,
mas, encabeçando a lista
de hipóteses, há quem diga
que ação assim extremista
vem de bandidos bancados
pela máfia ruralista.
Isso foi no Paraná,
cujo governo tucano
transformou sua PM
num pelotão desumano
que agride até professores,
entra ano e sai ano.
Justamente esse governo
recusou dar segurança
à caravana de Lula,
que em si carrega a esperança
de um povo simples e honesto
que acredita na mudança.
O Movimento Sem Terra
escoltava o presidente
durante todo o trajeto,
com gente atrás e na frente,
mas, pouco antes do atentado,
houve curioso incidente:
O comando da PM
do Paraná disse "não"
ao povo do MST,
proibindo seu busão.
Daquele instante em diante
não houve mais proteção.
Abriu-se então o caminho
para aqueles que miraram
contra a comitiva inteira
e, sem pudor, atiraram;
se não mataram ninguém,
a lataria acertaram.
O governador paulista
foi leviano: afirmou
que o PT, levando tiros,
“só colhia o que plantou”
- Alckmin apanhou de Lula
nas urnas; não perdoou...
A senadora Ana Amélia
aplaudiu a violência,
parabenizando aqueles
que agrediram com demência
e até deram chicotadas
em lulistas, sem clemência.
A fala da senadora
ganhou espaço em jornais.
Discursos assim agravam
os conflitos sociais.
Decoro parlamentar?
Pelo visto, não há mais.
O delegado incumbido
de apurar a ocorrência
dos disparos contra Lula
cometeu uma imprudência,
sendo afastado do caso
por essa inconveniência:
“Disparos de armas de fogo
foram feitos”, afirmou,
“contra os ônibus de Lula”,
à imprensa ele contou.
“Tentativa de homicídio”,
foi como classificou.
Eis que o Paraná puniu
tamanha sinceridade:
afastou-se o delegado
por ter dito essa verdade
que irritou o tucanato
da alta sociedade.
Esses fatos lastimáveis
no cordel vim registrar
esperando que a Justiça
seja feita sem tardar,
pois um ato assim tão grave
não se pode tolerar.
Se você vota em político
de esquerda, centro ou direita,
não importa a preferência,
uma escolha há de ser feita:
estejamos todos juntos.
Nazismo aqui não se aceita!
P eço a todos união;
B em sei que a gente é capaz.
A perseguição não pode
R eceber qualquer cartaz.
J untos, hoje, pela Vida,
A manhã teremos paz.
não estou preso a partidos.
Se vejo que os brasileiros
hoje estão bem divididos,
acho que a culpa é da mídia
a quem muitos dão ouvidos.
Todos sabem que há problemas
na democracia aqui:
fartamente golpeada
(sobre isso já escrevi),
a vocação democrática
foi parar na UTI.
Eis que o Presidente Lula
pela Região Sul andava
e, de cidade em cidade,
cada vez que ele parava,
juntava-se muita gente
pra ouvir o que ele falava.
Mas a sua caravana
por todo o Sul do Brasil
sofreu agressões em série
que o mundo inteiro já viu:
a mídia internacional
tudo isso repercutiu.
Dizem que eram armadilhas
do (des)governo golpista
temendo a força de Lula,
que nasceu sindicalista
e é o líder natural
contra a sanha governista.
Houve apoiador de Lula
que muito se machucou:
saindo de Chapecó,
uma milícia atacou
e uma pedrada na orelha
Paulo Frateschi levou.
Em Foz do Iguaçu, o padre
Idalino Alflen sofreu
pedrada e atropelamento;
mesmo assim, não se abateu.
Mostrando calma e grandeza,
assim ele respondeu:
“Não é pela violência
que o Brasil vai melhorar;
é preciso educação
e aprender a respeitar
a nossa democracia.
É preciso serenar.”
As milícias contra Lula,
sempre que ele ia falar,
soltavam rojões e fogos
para assim atrapalhar
o presidente, que ria:
“Eu chego a me emocionar!”
Furaram os pneus dos ônibus
para atrasar a viagem,
porém os apoiadores
de Lula abriam passagem
enfrentando pedras, paus
e chicotes – que coragem!
Quem ia na caravana
teve a maior agonia
com a covarde emboscada
quando terminava o dia
em Laranjeiras do Sul
- atentado, quem diria!?
Foram disparados tiros
contra toda a caravana,
em atitude covarde
de gente muito sacana
que pensa que pode tudo
só porque tem muita grana.
Em seu discurso diário,
pouco antes do atentado,
desenvolvimento agrário
Lula havia enfatizado:
“Terreno de quilombolas
tem que ser legalizado!”
Um ônibus recebeu
2 tiros, sendo um frontal;
o outro levou uma bala
que atingiu a lateral.
Não houve nenhum ferido,
mas podia acabar mal.
Os ônibus, além disso,
tiveram os pneus furados
pelos ditos miguelitos
- são pregos entrelaçados
que, confirmando a emboscada,
na estrada estavam jogados.
As suspeitas são diversas,
mas, encabeçando a lista
de hipóteses, há quem diga
que ação assim extremista
vem de bandidos bancados
pela máfia ruralista.
Isso foi no Paraná,
cujo governo tucano
transformou sua PM
num pelotão desumano
que agride até professores,
entra ano e sai ano.
Justamente esse governo
recusou dar segurança
à caravana de Lula,
que em si carrega a esperança
de um povo simples e honesto
que acredita na mudança.
O Movimento Sem Terra
escoltava o presidente
durante todo o trajeto,
com gente atrás e na frente,
mas, pouco antes do atentado,
houve curioso incidente:
O comando da PM
do Paraná disse "não"
ao povo do MST,
proibindo seu busão.
Daquele instante em diante
não houve mais proteção.
Abriu-se então o caminho
para aqueles que miraram
contra a comitiva inteira
e, sem pudor, atiraram;
se não mataram ninguém,
a lataria acertaram.
O governador paulista
foi leviano: afirmou
que o PT, levando tiros,
“só colhia o que plantou”
- Alckmin apanhou de Lula
nas urnas; não perdoou...
A senadora Ana Amélia
aplaudiu a violência,
parabenizando aqueles
que agrediram com demência
e até deram chicotadas
em lulistas, sem clemência.
A fala da senadora
ganhou espaço em jornais.
Discursos assim agravam
os conflitos sociais.
Decoro parlamentar?
Pelo visto, não há mais.
O delegado incumbido
de apurar a ocorrência
dos disparos contra Lula
cometeu uma imprudência,
sendo afastado do caso
por essa inconveniência:
“Disparos de armas de fogo
foram feitos”, afirmou,
“contra os ônibus de Lula”,
à imprensa ele contou.
“Tentativa de homicídio”,
foi como classificou.
Eis que o Paraná puniu
tamanha sinceridade:
afastou-se o delegado
por ter dito essa verdade
que irritou o tucanato
da alta sociedade.
Esses fatos lastimáveis
no cordel vim registrar
esperando que a Justiça
seja feita sem tardar,
pois um ato assim tão grave
não se pode tolerar.
Se você vota em político
de esquerda, centro ou direita,
não importa a preferência,
uma escolha há de ser feita:
estejamos todos juntos.
Nazismo aqui não se aceita!
P eço a todos união;
B em sei que a gente é capaz.
A perseguição não pode
R eceber qualquer cartaz.
J untos, hoje, pela Vida,
A manhã teremos paz.
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